Este capítulo realmente
começa com uma palavra, que pode ser traduzida por “mas” (JND), embora seja omitida nas versões King James e
nas em português. Nicodemos estava entre os impressionados com os milagres, “mas”
no seu caso, algo a mais existia. Os sinais que ele havia testemunhado o haviam
levado a pensar em Deus e a buscar a Deus. A maneira ortodoxa de buscar a Deus era
ir ao templo e Nicodemos teria feito isso de dia. Ele escolheu a maneira pouco ortodoxa
de buscar um encontro com esse “Mestre vindo
de Deus”, que não foi popularmente aceito; Então ele fez isso à noite. Ele mesmo
era um líder e mestre em Israel, e assumiu que tudo o que precisava para si mesmo
era mais instrução. Não era pouca coisa para este orgulhoso fariseu tomar o lugar
de um humilde aluno!
O Senhor o encontrou imediatamente
com aquele grande e solene pronunciamento sobre a absoluta necessidade do novo nascimento.
Sem isso, ninguém sequer vê o reino de Deus. Ele pode ver os milagres e sinais,
mas ele não vê o reino. Nicodemos precisou do novo nascimento e não de ensino,
pois de imediato mostrou-se incapaz de entender as palavras do Senhor, e assim confirmou
a verdade delas. Ele não podia ver nada nelas, senão uma referência mística ao nascimento
natural. Isso deu lugar a um segundo solene pronunciamento, em que o assunto é levado
um passo adiante. O reino não é apenas para ser visto, mas para se entrar nele,
e o nascimento para isso deve vir da água e do Espírito.
O que é necessário não
é apenas um novo comportamento ou novos princípios de ação, mas um novo nascimento,
e isso significa uma origem inteiramente
nova. A origem e a linhagem de Nicodemos eram das melhores, visto que ele
veio da verdadeira descendência de Abraão. Além disso, ele adquiriu toda a cultura
possível na religião dos judeus. Se ele, um filho instruído de Abraão, precisava
de um novo nascimento, então mostrava que toda a carne, mesmo a carne que
descendia de Abraão, estava julgada diante de Deus. O fato de que o novo nascimento
é universalmente necessário coloca o julgamento diante de todos nós. Em nosso primeiro
nascimento, encontramos nossa origem em Adão, participando de sua vida e natureza.
Somente experimentando um novo nascimento, que nos leva à outra vida e natureza,
podemos ver ou entrar no reino.
As palavras do Senhor
no versículo 5 são claramente uma referência à profecia de Ezequiel 36:24-32, que
prediz as profundas e fundamentais lavagens que alcançarão Israel no começo da era
milenar, quando Deus “espargir água pura”
sobre eles, dando-lhes “um coração novo”,
e colocando dentro deles “um espírito
novo”, e então colocando o Seu Espírito dentro deles. Como resultado disso,
eles estarão tão limpos em si próprios que irão ter repugnância de suas corrupções
anteriores, e então serão abençoados por Deus. Essa passagem não nos dá toda a verdade
sobre o assunto, mas deu o tanto que Nicodemos não deveria ter se surpreendido com
as coisas que acabara de ouvir. Como mestre em Israel, ele deveria saber o que Ezequiel
havia dito.
Uma boa dose de aspersão
era ordenada sob a lei, geralmente de sangue, mas às vezes de água, como em Números
8 e 19. Pela aspersão o sangue ou a água era aplicada. A água é o grande agente de limpeza. Ezequiel
usou essas figuras conhecidas para ensinar que Deus aplicaria Seu agente de limpeza
a Israel para sua renovação espiritual. Seu agente purificador espiritual é a Sua
palavra, como indicado no Salmo 119:9.
Então, aqui encontramos
o Senhor em Seus primeiros pronunciamentos conectando Seus ensinamentos com o que
foi dito por Ezequiel e, ao mesmo tempo, esclarecendo e expandindo a verdade. Ainda
mais nos é revelado sobre isso nas epístolas, e devemos nos lembrar do que lemos
sobre isso, em João 1:12-13, foi escrito pelo apóstolo João anos depois de ter sido
concedida plena luz sobre o assunto. Para Nicodemos, Jesus afirmou que o novo nascimento
é uma necessidade imperativa para toda alma que iria ver ou entrar no reino; pelo
Espírito, como Agente ativo, e pela água da Palavra, como agente passivo. Tal é
o estado de todos os homens a ponto de nada menos essencial e drástico do que um
novo nascimento será suficiente.
Ele também afirmou que
a carne sempre permanece carne, e o que é nascido do Espírito participa de Sua natureza
e permanece espírito. O versículo 6 deixa bem claro que as duas naturezas são completamente
distintas e nunca se fundem uma na outra. A frase, frequentemente repetida em Gênesis
1, se aplica – “conforme a sua espécie”.
Não há mais traços de evolução aqui do que há em Gênesis 1: por nenhuma quantidade
de melhoria ou seleção natural a carne pode ser transformada em espírito.
Uma boa dose de raciocínio
e controvérsia ocorreu em relação ao novo nascimento que poderia ter sido evitada
se o versículo 8 tivesse sido devidamente observado. A palavra grega para “vento” e “Espírito” é a mesma. Como o vento, o Espírito é invisível, e apenas
pode ser apreendido por ouvi-Lo
na palavra que Ele dá, ou sentindo os
efeitos de Suas operações. Como o vento também, Ele não está sujeito ao nosso controle
e Suas ações estão além de todos os nossos pensamentos. O mesmo se aplica a todos
aqueles que são espírito, sendo nascido de Deus. Portanto, deve haver, sobre o novo
nascimento e sobre aqueles que nasceram de novo, elementos que são incompreensíveis
para nós; consequentemente, nossos raciocínios podem ser facilmente irrelevantes
ou errados.
No versículo 11, recebemos
a nota de ênfase especial – “em verdade,
em verdade”, pela terceira vez neste capítulo. Nicodemos estava especialmente
notando que o Senhor não falava como um mero profeta. Ele tinha conhecimento interior
consciente das coisas que falou: Ele realmente havia visto aquilo a respeito do
que testificava. Ele sempre esteve “no seio
do Pai”, como antes anunciou. Não obstante, Seu testemunho não foi recebido
pelo homem, à parte da operação do Espírito de Deus. E do que Ele deu testemunho?
Ele havia falado de coisas anunciadas por Ezequiel como necessárias para a bênção
terrena na era milenar, dando uma expansão à profecia de Ezequiel, e aqui estava
Nicodemos cheio de hesitação e dúvida. Ele ainda tinha que falar coisas relacionadas aos propósitos de Deus
para o céu; Essas coisas, então, seriam recebidas em fé?
As coisas celestiais,
em sua própria natureza, devem ser totalmente inacessíveis aos homens. Seus pés
pisam a Terra e eles têm uma familiaridade com ela, mas para o céu eles nunca foram.
Mas aqui estava Alguém totalmente competente para revelar as coisas celestiais.
Um paradoxo[1]
surpreendente se nos apresenta. Ele desceu do céu, mas estava no céu.
Se, no entanto, nos lembrarmos de como o evangelho começou, o paradoxo desaparece.
Aqui está o Verbo que era Deus e Se fez carne. Ao fazer-Se carne, Ele certamente
desceu do céu; todavia, Ele nunca deixou de ser Deus que está no céu. Mas Ele disse:
“o Filho do Homem que está no céu”.
Sim, e, evidentemente, o Seu propósito é que com isso aprendamos que não temos
a liberdade de dissecar Sua Pessoa em
nossa mente, como alguns estão inclinados a fazer. Não devemos dizer que naquela posição Ele é totalmente como Deus;
ou, que aquilo Ele fez completamente
como Homem. Podemos distinguir, claro,
mas não devemos dividir. Mesmo quando
em Humanidade, Sua Personalidade é única e indivisível. Então o Filho do Homem é
o Porta-voz totalmente competente das coisas celestiais. Quão diferente de todos
que foram antes d’Ele!
Tendo mencionado as coisas
celestiais, o Senhor procedeu imediatamente a predizer o grande evento que deveria
ocorrer antes que essas coisas pudessem estar disponíveis para os homens, e a completa
revelação delas fosse feita. O evento havia sido tipificado pela serpente de bronze
no deserto – o próprio levantamento do Filho do Homem na cruz. Esta é a obra realizada
para nós, fora de nós mesmos. O novo nascimento é uma obra realizada em nós.
Quanto a ambos, Jesus usou a palavra, “IMPORTA”
(vs. 7, 14 – ARA); pois ambos são imperativos, se tivermos que tratar com Deus em
bênção. A morte sacrificial do Filho do Homem é o único caminho possível de vida
eterna para o homem; um caminho que se torna eficaz para “todo aquele que n’Ele crê”; isto é, pela fé.
Os versículos 16 e 17
começam com “Porque”, e assim estão intimamente
ligados aos versículos 14 e 15. Descobrimos que este Filho do Homem, que desceu
do céu, ainda está no céu, e que foi levantado na cruz, é o Filho Unigênito que
Deus deu. Quão surpreendentemente tudo isso se encaixa com Romanos 8:3, onde também
é exposta a verdade tipificada pela serpente de bronze. Assim como Moisés fez a
serpente de bronze à semelhança das serpentes de fogo que eram a fonte do dano,
assim Deus enviou Seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, para que o
pecado na carne pudesse ser condenado em Seu sacrifício pelo pecado. O pecado residia
em nossa carne, dominando e corrompendo nossa velha vida. Crendo em Jesus, o Filho
de Deus, a vida eterna é nossa; mas repousa na base de Deus condenando o pecado
na cruz. Lá, o poder governante, ativo em nossa velha vida, foi condenado e
temos a promessa de que, ao final, será removido para sempre. Com base nisso, a
vida eterna é dada.
Ao ser dado o Filho Unigênito,
o amor de Deus é revelado; um amor que envolveu não apenas Israel, mas o mundo.
A maneira pela qual a graça, tornada conhecida neste evangelho, ultrapassa as fronteiras
estreitas de Israel é muito impressionante. Nos versículos iniciais, vimos que “a vida era a luz dos homens”,
não apenas de Israel; como também que a verdadeira Luz “ilumina a todo homem”
(ARA). Porque, aqui, “Deus
amou o mundo” e
o dom do Filho é a medida do amor. Além disso, o termo “unigênito” expressa o supremo e exclusivo lugar que Ele ocupa no amor de Deus. A
figura de Abraão e Isaque nos ajuda aqui. Hebreus 11 nos diz que Abraão ofereceu
“seu filho unigênito” (TB), embora na
verdade ele tivesse Ismael naquele tempo e subsequentemente muitos mais filhos.
Isaque, porém, permaneceu sozinho e único no propósito de Deus e no afeto de Abraão.
Dessa maneira impressionante, o termo é usado para o Filho de Deus, e destina-se
a aumentar em nossa mente a grandeza do dom de Deus. Deus deu aqu’Ele que era Supremo
e Único em Suas afeições.
Versículo 17 fornece uma
reflexão além. Perecer é o fim do curso a que o mundo chegará, como o versículo
16 indica. Agora descobrimos que o julgamento e a condenação estão à frente dele.
Perecer é estar eternamente em completa alienação e separação de Deus; isto é, em
um estado de morte eterna. A vida é, consequentemente, uma urgente necessidade para
os homens e o dom do Filho Unigênito tornou possível para o crente em Cristo ter,
não meramente vida de um tipo qualquer, mas “vida eterna”, vida que é divina e de qualidade surpreendentemente maravilhosa.
Assim também, a vinda do Filho ao mundo não foi para o propósito de condenação;
a lei de Moisés já havia trazido isso de maneira muito eficaz. Ele veio para salvar.
O piedoso em Israel esperava o levantamento de “um chifre de libertação” na casa de Davi, que os salvaria de seus inimigos
(veja Lucas 1:68-71 – JND), mas isso é algo muito maior. A salvação é do pecado
e de seus efeitos, e o alcance dela é o mundo.
Ainda que o Filho de Deus
não tenha vindo à Terra com o objetivo de julgamento, Sua presença aqui incidentalmente
trouxe julgamento, visto que Ele era a Luz, e a luz torna tudo manifesto, e assim
traz todos os homens à prova. A luz age na iluminação e na manifestação e, na Sua
presença, o homem age de duas maneiras. Se ele é um praticante do mal, ele ama a
escuridão e odeia a luz porque ela o reprova. Se praticante da verdade, ele recebe
a luz e se achega a ela. Esses versículos (18-20) assumem que “quem crê n’Ele” é o praticante da verdade;
enquanto “quem não crê” é o praticante do mal. Aquele vem para a luz e não há julgamento para ele;
o outro permanece nas trevas, e isso é suficiente para julgá-lo. A luz apareceu
na vinda do Filho e Ele não foi crido. Isso basta, e não há necessidade de se esperar
até a chegada do verdadeiro dia do julgamento, ele já está julgado.
Os versículos 22-24 deixam
bem claro que as coisas precedentes ocorreram antes de João ser lançado na prisão,
que é o ponto de onde o ministério público do Senhor começou de acordo com Mateus
4:12; Marcos 1:14; Lucas 3:20. Por um curto período de tempo, o batismo estava sendo
administrado tanto pelo Senhor – por meio de Seus discípulos (ver João 4:2) – quanto
por João. Certos judeus aproveitavam a ocasião para avisar João sobre essa atividade
do Senhor, como se eles o incitassem ao ciúme. Se esse era o objetivo deles, eles
não conseguiam alcançá-lo.
Com verdadeira humildade
e fidelidade, João manteve seu lugar como servo de Deus, que nada tinha a não ser
o que recebera do céu. Eles tiveram que testemunhar que ele nunca alegou ser o Cristo.
Ele alegou ser o precursor do Messias; ele também era amigo do Noivo.
Nesta segunda afirmação ele evidentemente falou figurativamente a título de ilustração.
A verdade, como temos em Apocalipse 19:7, ainda não tinha sido revelada, mas, sem
dúvida, ele foi inspirado a se expressar em termos que correspondem exatamente a
essa verdade, quando revelada. Ele não tinha vínculo com a noiva, mas como amigo
do Noivo, tinha n’Ele o mais profundo interesse e afeição. Ouvir a voz do Noivo
encheu seu cálice de gozo até a borda.
Então João pronunciou
palavras que deveriam ser gravadas no coração de todos os que amam o Senhor Jesus
– “é necessário que Ele cresça e que eu
diminua”. Pela terceira vez neste capítulo, temos a palavra “NECESSÁRIO (IMPORTA)”. No versículo 7 está
conectada com a grande necessidade do homem; no versículo 14 com o grande amor de
Deus; aqui com a devoção do servo sincero. Como o Sol, Cristo deveria ascender ao
seu auge com crescente glória; assim, como a Lua, João era para desvanecer e desaparecer.
Ele sabia disso e se alegrou, pois naquele momento em seus pensamentos, Cristo era
tudo. Ele O conhecia como Alguém vindo do céu e não da Terra. Sendo assim, Ele falou
de uma maneira impossível para todos os outros. Ele estava em contato com a plena
extensão de coisas celestiais de uma maneira que era impossível para o maior dos
profetas, como João.
As palavras de João tornaram-se
realidade e logo ele teve que diminuir e desaparecer de vista na prisão. Nisso ele
não era exceção à regra. É a regra para todos os servos de Deus: de um modo ou de
outro eles diminuem e partem. Foi assim com Moisés no Velho Testamento e com Paulo
no Novo. Apesar de grandes servos como eram, não devemos pensar muito deles. Paulo
teve seu dia como um fervoroso evangelista e alguém que estabelecia assembleias.
Mas então a prisão veio para ele e o fracasso nas assembleias, e assim ele sai fora
de nossa vista. Paulo diminui, mas apenas para aumentar a suprema excelência de
Cristo. Então isso tem que ser para todos nós, e devemos nos alegrar com isso, como
João fez.
As palavras de abertura
do versículo 33 parecem contradizer as palavras finais do versículo 32, mas o paradoxo
é puramente de palavras, e baseado em uma daquelas afirmações abstratas que aparecem
tão repetidamente nos escritos de João. O homem em sua condição natural está totalmente
morto e não responde ao testemunho divino. O fato é afirmado abstratamente no
final do versículo 32. Mas, por outro lado, Deus opera pelo Seu Espírito no coração
de alguns; e assim, do ponto de vista prático, encontramos aqueles que recebem o
testemunho e, ao fazê-lo, estabelecem o selo de que Deus é verdadeiro. No início,
o diabo contestou o testemunho que Deus deu a Adão, e assim o pecado foi introduzido.
A fé defende a verdade do testemunho e assim a vida e a salvação são trazidas.
O testemunho de Deus existiu
desde o tempo em que Deus falou a Adão sobre as árvores do Jardim, mas agora estava
atingindo seu clímax naqu’Ele que Deus havia enviado, que conhecia por observação
as coisas celestiais de que Ele falou, proferido a eles as “palavras de Deus”, possuindo o Espírito sem qualquer medida ou limite.
Por fim, portanto, houve um testemunho de alcance infinito e de plenitude incomparável.
É claro que ele transcendeu totalmente os poderes do homem natural, mas o simples
crente pode aceitá-lo, confirmando seu selo sobre ele como a verdade de Deus.
Os versículos 35 e 36
parecem ser um parágrafo separado no qual as palavras do batista são complementadas
pelo evangelista, que pode falar em plena luz de tudo o que foi revelado no Verbo
Se fazendo carne. O Filho tendo sido manifestado, o Pai tendo sido dado a conhecer,
juntamente com as relações entre estas Pessoas Divinas. Três grandes fatos concernentes
ao Filho nos encontram aqui. Ele é o Objeto do amor do Pai. Pelo dom do Pai, todas
as coisas estão em Sua mão, para serem arranjadas como Ele achar adequado. Ele é
o Objeto da fé e, portanto, o teste de todo homem. Crer n’Ele é tornar-se possuidor
da vida eterna. Recusar a sujeição de fé a Ele é ser excluído da vida e estar sob
a ira de Deus.
Assim, bem cedo neste
evangelho descobrimos que o Filho não é apenas o Criador de todas as coisas
e o Revelador de todas as coisas como o Verbo, mas Ele também é o Operador
de todas as coisas, o Concessor de todas as coisas e finalmente, como
o Objeto do amor do Pai, Ele Se manifesta entre os homens, tornando-Se o Critério
para tudo. Notamos que, no versículo 36, a vida deve ser possuída e também deve
ser vista, o que mostra quão abrangente o termo “vida eterna” é: e ainda, que o oposto de ver a vida é permanecer sob
a ira de Deus. Aqui, novamente,
as coisas são afirmadas abstratamente, mas a linguagem é tal que nega ambas as teorias
pelas quais os homens se esforçam para escapar do solene fato do castigo eterno.
As palavras “não verá a vida”, nega
a reconciliação universal, que declara que, de uma forma ou de outra, todos acabarão
por vê-la. A teoria da imortalidade condicional, que significa a aniquilação de
incrédulos impenitentes, é negada pelo fato de que a ira de Deus “permanece” sobre esses tais – portanto,
eles existem permanentemente. Neste ponto, vamos nos lembrar novamente de João 20:31.
Este evangelho está escrito para que possamos estar entre aqueles que creem e têm
vida. A terrível alternativa a isso é colocada diante de nós muito claramente aqui.
[1]
N. do T.: Pensamento ou argumento que contraria os princípios do
pensamento humano. É o oposto do que alguém pensa ser a verdade.